sexta-feira, 13 de maio de 2011

O Papel da Insulina

O PAPEL DA INSULINA

Autor: Celso Araújo


A insulina é um hormônio com efeitos extensivos sobre o metabolismo e vários outros sistemas do corpo (por exemplo, o vascular e o energético). Dentre suas funções principais ela promove o ingresso de glicose nas células e é essencial no consumo e transporte de carboidratos, na síntese de proteínas e no armazenamento de lipídios (gorduras).

Esse poderoso hormônio faz com que a maioria das células do corpo pegue a glicose do sangue (incluindo o fígado, músculos e células do tecido adiposo), causando o famoso estado de hipoglicemia, e armazene como glicogênio no fígado e músculos, e como conseqüência ocorre a diminuição da mobilização de gordura como fonte de energia.

Quando a insulina está ausente (ou baixa), a glicose não é absorvida pela maioria das células do corpo e o corpo começa a usar a gordura como fonte de energia (isto é, a transferência de lipídios do tecido adiposo para o fígado como uma fonte de energia). Como o seu nível é um mecanismo central de controle metabólico, o seu estatuto é também usado como um sinal de controle para outros sistemas do corpo (como a captação de aminoácidos pelas células do corpo).



Funções Principais da Insulina

Anabolismo – Aumenta o transporte de aminoácidos, principalmente BCAA para dentro do músculo.

Anti-Catabolismo – Previne a quebra de proteínas intramusculares.

Inibição de lipólise pelo tecido adiposo e “indiretamente” da beta oxidação de ácidos graxos, ou seja, inibe a mobilização da gordura como fonte de energia e mantém os estoques de gordura corporal. Péssima notícia para quem quer emagrecer.



Insulina x Glucagon

Quando a concentração de insulina cai, a de glucagon se eleva, ou seja, quando os níveis de glicose no sangue são baixos, o glucagon entra em cena. Ocorre que o glucagon é um hormônio catabólico que irá quebrar tecido para fornecer energia que o corpo necessita para se manter.

Mas esperem um pouquinho, será realmente que o glucagon é catabólico? Pelo contrário!

Para praticantes de dietas de baixo carboidrato, o glucagon pode ser um poderoso aliado. Sua função principal é promover a degradação de glicose restante e de gordura para fornecimento de energia. Acontece que como a glicose será baixa e praticantes de dieta CKD usam gordura como combustível primário, o glucagon é um importante aliado para mobilizar essa gordura dos tecidos subcutâneos e literalmente queimá-los como fonte de energia.



O Milagre do Carregamento de Carboidratos

Então, quando nosso corpo não produz insulina? A insulina é secretada pelo nosso pâncreas principalmente em resposta aos carboidratos na nossa dieta. Uma vez que estamos mantendo carbos baixos, os níveis de insulina também serão baixos.

Aí é onde entra o carb-up. Uma vez por semana você deve carregar em carboidratos e deixar que os níveis de insulina aumentem. A insulina vai gerar um pool de aminoácidos no tecido muscular, e também carregamos o nosso estoque de glicogênio muscular durante este tempo.

Nossos músculos são como reservatórios de glicogênio. Eles enchem e esvaziam conforme o treino e a dieta. Infelizmente, quando nós comemos carboidratos demais muitos destes depósitos nos músculos se tornam saturados. O glicogênio é então armazenado no fígado e qualquer excesso é convertido em triglicérides e armazenados como gordura.

Glicogênio muscular significa melhor desempenho na academia. Nós fazemos reefeds para encher nossos tanques. Até o final do nosso período de baixo carboidrato teremos uma vez mais esvaziado os tanques e podemos repetir o ciclo novamente para maximizar todos os efeitos anabólicos.

Referências:

BENNETT GROUP. Chemical Warfare “The Anabolic Edge”. England, Stockport, 1995.
COLGAN, MICHAL. Optimun Sports Nutrition. New York, Advanced Research Press, 1993.
DI PASQUALE, MAURO. Anabolic Solution for Bodybuilders